6 de março de 2008

A primeira crônica

Liberdade, sonho e esperança


Quisera eu dizer que o mundo é livre. Quisera eu dizer que meu país é livre. Quisera eu dizer que as pessoas são livres. E que o mundo está repleto de sonhos. E as mentes encharcadas de esperança.

O mundo depende de uma moeda e de uma economia de um país que faz crescer a guerra, que faz crescer o medo, que aumenta o sofrimento e o desespero de quem tem medo da guerra, que assim perde a esperança, que assim aceita a guerra e se atira a ela e a empurra para que tudo lhe acabe de uma vez; e assim também cresce o ódio a alimentar a guerra, que faz com que mais gente tema, mais gente sofra, mais gente se desespere, mais gente se atire à guerra. Um ciclo fechado em si, sem começo e fim e que se espalha, tirando mais esperança daquele que tem fome, daquele que trabalha como um escravo que não tem como manter a si e à família dignamente, daquele que é criança e perde a infância a trabalhar, daquele que vive na rua sem lar certo, daquele que mortalmente adoece e não tem condições de curar-se ou aliviar seu sofrimento: daqueles que têm de ver o dinheiro que devia ser seu a alimentar a economia e a moeda de um país que com sua moeda alimenta por sua vez a guerra...

Mas enfim há quem veja a natureza do vício desse ciclo e volte a energia de sua revolta para atacar a origem da guerra sem fazer mais guerra. Há quem veja que sonhar não é errado, e por isso mantém sua esperança até seu último fio de vida, sonhando em enfim ver seu mundo livre.


(Diário de Suzano, 9º Concurso de Crônicas e Contos Teen do DS Escola, 2004)

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