Escrevi um verso
numa gota d'água.
Quando choveu no dia seguinte
eu enjoei de ouvir o verso.
Escrevi uma estrofe
numa onda.
Quando chegou a ressaca do mar
eu enjoei de ouvir a estrofe.
Escrevi uma palavra
em cada veio da cascata.
Quando mergulhei no rio
o que eu ouvi finalmente parecia poesia.
(Poá-SP, Dezembro de 2008)
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